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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Saudade da minha vida

Cidade nova, vida nova, amigos novos.. Ou não. Troquei de cidade, estou morando sozinha. Vim para cá para fazer faculdade. Aposto que boa parte agora está pensando: “nossa, que máximo” ou “morar sozinha, liberdade, tudo de bom”. Pois é, tem tudo isso... Mas eu não estou achando uma maravilha assim não. Na verdade eu estou em uma bad bem ferrada. Sinto muita falta da minha família, amigos, casa, enfim, tudo que deixei para trás. Vejo como se estivesse largando algumas coisas para sempre, e sei que muitas delas nunca mais vou ter de volta. Isso me dói demais, me faz pensar muito, o que é horrível porque quando eu penso muito costumo pensar demais, do tipo exageradamente em tudo. Na verdade é um defeito meu, eu acho. Pensar demais. Mas agora não vem ao caso. Acontece que estou aqui e não consigo dormir devido a um turbilhão de pensamentos.
Faculdade, liberdade, morar sozinha... Tudo parece tão legal, porém não. É como se toda essa liberdade me sufocasse. Meio que entro em desespero e juro, juro mesmo, faço de tudo para não chorar, não quero chorar, mas as vezes isso também parece não ajudar muito.
A única coisa que eu penso e peço é “quero ir para casa, por favor”... Mas meio que agora minha casa é aqui. Nunca vou considerar “meu lar”, mas é minha casa. É para onde vou quando me perguntam para onde vou e digo “para casa”.
Pensando aqui, queria que as coisas voltassem a ser como eram antes sabe... Todos que amo perto, e tendo pessoas em quem posso confiar. Mas desejar isso tem vários lados, e entre eles um que fica mais distante do meu sonho.
Se você está pensando “nossa, quando drama” acredite, sua mente é fechada demais para entender a quantidade de coisas que isso tudo pode envolver.
Fico muito confusa com tudo isso, sério. Parece que vou explodir ou que realmente gostaria explodir nesse momento, entende. Queria ter pra onde correr, pra quem correr. Lá eu tinha. Aqui, no desespero, não tenho nem para onde fugir.

Está me parecendo um lugar horrível!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Começos

O problema de novos começos é que para eles nascerem, algo precisa terminar. Algumas coisas que nunca imaginamos sem, às vezes, precisamos colocar um ponto final, depois de muitas vírgulas no meio. Alguns finais levam um tempo para se revelarem, mas quando acontecem, eles são complicados demais e às vezes até parece que não vão dar certo e são uma opção impossível... As vezes depois de um tempo percebemos que eles são fáceis de ignorar. Alguns finais parecem que nunca terminam de verdade e outros, parecem que por mais que você queira, estão muito distantes. Alguns finais também podem vir no momento em que você menos espera. Já os começos, alguns iniciam tão silenciosamente que você ó se dá conta depois que já aconteceram e o que outros apresentam, é mais horrível do que você pode imaginar. Alguns vem bruscamente, e as vezes você até tenta fugir, e as vezes parece impossível. Alguns parecem que vem iniciando outro ciclo sem fim, e outros parecem que vem mas não te tiraram do passado. Uma dica: então, na verdade, você ainda não saiu do passado. Nem todos os começos são algo para se comemorar, afinal, muitas coisas ruim podem acontecer, ou coisas boas...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

"O tempo não me deixara imune à perfeição de seu rosto, e eu tinha certeza de que nenhum aspecto dele deixaria de me surpreender. Meus olhos acompanhavam suas feições pálidas: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios - agora retorcidos em um sorriso-, a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maçãs do rosto, o mármore macio da testa - parcialmente oculta por uma mecha de cabelo bronze, escuro com a chuva...
Deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento. Eles eram grandes, calorosos como de ouro líquido, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. Olhar seus olhos sempre fazia com que eu me sentisse extraordinária - como se meus ossos tivessem virado esponja. Eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar."
- Eclipse

terça-feira, 12 de março de 2013

Curvas


O destino parece cruel,  quase sempre. Separa você de alguém em que você nunca se imaginou sem e pensa ser tudo na sua vida. Apesar de cruel, incerto e traiçoeiro, ele quase nunca erra. Para a história ser perfeita, ou quase, perfeita, ela precisa ter voltas e curvas. O ponteiro do relógio não pode marcar sempre meia noite e você não pode ficar parada para sempre no mesmo lugar.